terça-feira, 28 de dezembro de 2010

honestidade tattooada

eh pq o meu corpo tem as minhas marcas da vida,
de qndo um beijo te roubei...
as flores da sua janela,
e minha pele marcou.
agora a cicatriz tem cor e forma,
e ela nao so deforma, como tras beleza...
as vezes poesia,
aquela q vc guardou no seu livro de receitas...

mas ainda nao sei...
tenho minhas duvidas da vida que ainda nao conheco.

da vida de quem mal vejo e falo...
mas as minhas marcas dancam e procriam...
um dia quem sabe,
minhas marcas crescerao em sua pele tb...?


27dez2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

8a canção de Bardo

The Finding of Don Juan by Haidee, de Ford Madox Brown
fragmentos retirados do diário incendiado de Bardo...


... e lhe confesso,
 não como uma declaração de um amor que não tenho,
 mas sim um atestado de escravidão voluntária,
 como prisioneiro do desejo nesses mares de confidência.
sete vezes minha dor, que o teu desespero...


ainda ouvia dizer em  pradarias e celeiros...


não sou mais soldado, não tenho rei a quem ser fiel
não há mais guerra, por isso luto com meus instintos
cinco vezes sou eu dentro de uma única alma...


mas não há poeta bom,
apenas poetas mortos...


não me declaro amante fiel, nem eterno sem culpa
apenas confesso ser escravo dos teus olhos...
dos teus medos...


/AGOSTO de 1788/

terça-feira, 30 de novembro de 2010

( mensagem Efemera... )

Certa vez me pediram um caderno de memorias, algo biografico, que me remetesse a tempos quase imemoriais e que nem eu tenho certeza de como foram, a primeira coisa que respondi/pensei:
_esquece! Nem pensar, vou ficar me expondo dessa maneira?...rs 
Pois é, pra quem me conhece ha um tempo, ja imaginaria uma resposta parecida, e o maximo que poderiam ler, seriam linhas parecidas com contos retirados de folhas amassadas em latas de lixo. Nada diretamente relacionada a uma vida que nao interessa a muita gente, e que nao tem nada de muito emocionante para contar... talvez algumas historias de curtas viagens e de pessoas “estranhas”que cruzaram o meu caminho.
Entao... mas no fim, tudo vira um amuntuado de contos perdidos dentro de armarios velhos e empoeirados, esperando alguem abrir e escapar... ou ate mesmo o que aconteceu com Lucia, que pode conhecer outras terras e ajudar no seu destino. Mas como nem tudo se parece com a historia de Lucia, algumas podem envolver outras vidas, ou nao vidas... que vivem jogadas, dispersas pelas vielas do mundo com suas garrafas de whiskey velho quase que no fim.
Mas quem sabe um dia essas vidas nao venham a tona?!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Parece mentira, as vezes, quando ando pela cidade e me deixo apenas ser levado pelo fluxo, que apesar de muitas vezes ser caotico, acaba te levando para lugares que ainda nao percebeu que sempre estavam por ali, mas... voce nunca conseguiu enxergar.

O Rio e a noite, apesar de todo mundo achar que conhece ou ja viveu tudo que ha de mais diverso na cidade, nem sempre viu tudo. Do mais simples arco, ou ate a mais sofisticada casa noturna.

As vezes quando preciso passar a noite no trabalho, paro para olhar uma das faces da cidade, que nem todo mundo pode ... a cidade vista um pouco antes da ponte, com suas luzes neon e os carros passando. Hoje o morro da Urca foi a minha vista. Ja nao parava para prestar atencao em tudo que ia e vinha em torno daquela imagem, e mesmo dentro do onibus - que corria antes do rush comecar- pude, mesmo que por um momento, despertar para o que nem sempre somos capazes de atentar, devido a algumas preocupacoes do dia a dia.

Algumas vezes uma simples caminhada no meio de toda essa imencidao se torna um alivio para toda a tencao dos dias em tom de cinza. Ate a praia, que nao sou muito fan de frequentar ajuda a fazer os dias ficarem menos em funcao de todas as nossas responsabilidades.

Ouvir, sentir... viver, nem sempre tudo gira em torno desta orbita de loucos que estamos imersos.

A mente merece umas pitadas de descanso...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

( Resmungos de um infante sem armas)

Bela maneira de se começar umas ferias...chuva que nao para, seguida de desastres e pouca coisa para se fazer em casa alem de beber, beber e beber...

Nem o futebol tem agradado. Os filmes ja estao repetitivos e as conversas estao cada vez mais escassas... a pilha de livros anda desanimando, mas sinceramente acredito que tudo vai mudar.

Aproveitando o embalo do tempo, vou planejando a minha programanção dessas ferias, mesmo que contra a minha vontade. Teoricamente vai ser mais vantajoso ficar por aqui e começar a dar um rumo nos eventos para esse ano que está querendo correr mais rapido que as pernas. Esses falsos alucinogenos que vendem nas minhas noites mal dormidas e pesadelos, nem fazem mais efeito, a ultima vez apareceu uma lagarta como na estoria da Alice, mas ela tava com bronquite e nem seu narguele queria tragar.

Pois é, todas as historias de guerra e homens lutando com suas espadas sobre o gelo eterno do Norte estão sendo substituidos por historias de mulheres em corpo de criança que nao mede esforços para ter o que quer... e eu juro que no inicio eu ainda via um pouco de pureza naquela menina...rs pois é, não era uma menina.

Algumas vezes me vi escrevendo paginas e paginas de coisas que no fim julguem assunto falido, e realmente era, outras eu me peguei lendo coisas que nem sabia que tinha escrito... sabe, devo ser sonambulo ou a minha memoria esta pior que o normal e anda me presenteando com apagões em serie... mas no final de tudo, para onde vamos? Acho que continuamos no mesmo lugar, com as mesmas manias, e com cada dia mais defeitos, tentando aprimorar o inaprimoravel, e sem saber enxergar um palmo sobre o nariz.

Mas as ferias ainda estão no inicio... algo ira mudar, debaixo de toda essa confusão!/

quinta-feira, 11 de março de 2010

(fragmentos de sinestesias avulsas e engaioladas)

e no fim, é sempre cada um por si e a sorte para alguns...

eu hoje me recusei a dormir, havia muito oq acertar, decidir, e coisas que deveriam apenas diluir com a memoria.

no fim so restam os fatos, e as pequenas nuvens de poeira que insistem em rondar minha realidade. eh bem duro

tentar achar o caminho, e nao ter nem um mapa, nenhuma guia para pelo menos confortar-te. atualmente, nao tenho tido tanto a lucidez

para perceber o quao obvias sao as historias, quao tristes sao as semelhancas, sem contar nos sorrisos, todos plasticos

sem algo com oq realmente alegrar-se.pois o fim eh o fim, e nao ha nada que se possa fazer... nem mesmo olhar para tras!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Desabafo de Plutao ( fragmento )

ainda assim, insisto em beber do amor

mesmo que a sete palmos, ou ancorado

como um BUQUE abandonado aos corais do tempo.

ainda sei, sem ti... nem sei quanto seria capaz,

de agir ao lado da sensatez.

mas para que estar certo, se jogado ao acaso

e disperto vago pela noite a fora,

mesmo após reconciliar-me com Morpheus...

o pagamento foi aliado a suplica e votos de servidão,

alem de tres mil noites de duvida,

sem saber se do teu néctar serei capaz de provar...

outra vez.